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Pinturas
do Paraíso
Domingos
Rego
Dando
continuidade ao seu interesse pela citação de obras referenciais
da História da Pintura, já anteriormente revelado nas exposições
Banhos de Luz – A Seurat (Galeria Palmira Suso, 1999), Sete
Virtudes. Sete Vícios (Casa do Cerca, 2000) e Sete Vícios,
Sete Virtudes (Galeria Palmira Suso, 2000), Domingos Rego desenvolve
nesta individual uma reflexão sobre a forma como a representação
do Paraíso foi abordada na obra de importantes artistas ao longo do
tempo.
Assim, obras de Fra Angelico, Van
Eyck, Bosch, Masolino, Ticiano, Watteau, Gauguin e Matisse, são utilizadas
como ponto de partida para as oito pinturas a técnica mista sobre teia
que constituem esta exposição. Nelas, em imagens saturadas de
cor que remetem para a estética dos postais ilustrados dos anos sessenta
e setenta recorrendo à representação de uma natureza
idealizada onde as cores e os cheiros se adivinham mais intensos, Domingos
Rego dá-nos uma visão do Paraíso como lugar de alegoria
e espaço de tempos cruzados, povoado por seres entre o humano e o divino.
Através da correspondência
de atitudes, gestos e expressões das figuras que povoam as pinturas
apresentadas e as que lhes serviram de referente, Domingos Rego cria relações
complexas, que acentuam o lado culto de uma prática pictórica
que é, também, reveladora do seu interesse pela representação
do simbólico. |
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