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Pinturas
do Paraíso
Lourdes
Féria
Epicur
Novembro
de 2002
O
título desta exposição, onde as cores saturadas e os
elementos da natureza se apoderam da tela, num gesto de pujança visual,
é Pinturas do Paraíso. Vem na sequência de um
trabalho que o artista tem estado a desenvolver desde 1999, quando apresentou
Banhos de Luz, onde a fonte inspiradora era Seurat, e depois Sete
Vícios, Sete Virtudes, a partir de Giotto. Trata-se, portanto,
de uma triologia em que se presta homenagem à pintura.
Agora,
cada uma das oito obras expostas, sugestivos exercícios de técnica
mista sobre tela, remete para obras de pintores que abordaram o tema do paraíso.
Como, por exemplo, “Le Bonneur de Vivre”, de Matisse, ou a “Arearea”,
o quadro que Gauguin pintou nas ilhas paradisíacas onde viveu. “Os
quadros têm uma linguagem actual. As folhas aparecem em primeiro plano,
enquanto as figuras são remetidas para um segundo ou terceiro, o que
coloca o espectador numa posição de voyeur. É
como se estivesse a espreitar através das folhas”, explica Domingos
Rego. A
ideia do paraíso surgiu-lhe quando estudava uns desenhos que Boticelli
tinha feito para a “Divina Comédia”, onde associa a geometria
a um conceito de perfeição, logo ao paraíso. O que representa
o paraíso para Domingos Rego? “Encontro o paraíso em coisas
pequeninas que representam um corte com o quotidiano. Pode até ser
um mergulho no mar do Portinho da Arrábida. É um sentido de
plenitude, um banho de emergia positiva”, acrescenta. |
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